Por que vinificação natural não dá dor de cabeça?

Por que vinificação natural não dá dor de cabeça?

Vinificação natural não dá dor de cabeça principalmente porque não possui adição de sulfitos. Nela, a produção ocorre com o mínimo de intervenção possível e não se admite, neste tipo de processo, o uso de aditivos.

Além disso, a vinificação natural tende a resultar em vinhos mais leves em estilo do que o industrializado, e frequentemente possui menor quantidade de álcool – cujo consumo em excesso causa desidratação e sintomas severos de ressaca.

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Quanto aos sulfitos, especula-se que sejam majoritariamente responsáveis por causar dor de cabeça, mesmo àqueles que consomem moderadamente. Embora ainda não haja estudos finalizados sobre o assunto, o tema é alvo de interesse e talvez possamos, em breve, comprovar o que muitos dos adeptos da vinificação natural já sentem na prática.

Sulfito no vinho: o que é?

Sulfito é o nome popular do dióxido de enxofre (SO2). Assim como em outras bebidas, o sulfito no vinho atua como conservante, já que dispõe de propriedades antioxidantes e antibacterianas.

Especula-se que, em excesso, este composto é o maior responsável pela intoxicação do organismo que provoca reações como enxaqueca, enjoo e outros sintomas da ressaca.

Entretanto, o sulfito já ocorre naturalmente na fermentação de uvas: o composto é um dos responsáveis pelo vinho em si.

Quando uma bebida é apontada como livre de sulfitos, está se referindo aos sulfitos que são adicionados posteriormente e não aos provenientes do processo natural. Por isso, não há vinho 100% livre de sulfitos, mas há aqueles sem adição extra do composto, como no caso dos vinhos produzidos por vinificação natural, de modo que seus efeitos negativos para o corpo são infinitamente menores.

Afinal, o que tem no vinho?

A maior parte dos vinhos é produzida em grande escala, através de processos industriais. Além do dióxido de enxofre, diversos compostos são adicionados aos vinhos regulares.

Se você adquirir seu vinho nas prateleiras dos supermercados, por exemplo, é provável que a bebida seja composta de uvas fortemente pulverizadas com pesticidas e fungicidas.

Além do mais, quando falamos em escala industrial, é importante que haja um padrão. Para tornar isso possível, vinhos industrializados podem ter adição de até 250 produtos químicos para alterar sabor, cor, aroma e outros atributos sequer imaginados pelos consumidores.

As culturas de leveduras industriais também compõem o arsenal de aditivos que garante características consistentes aos rótulos.

Já na vinificação natural, não há aditivos. Logo, cada safra pode apresentar pequenas alterações – tudo depende dos processos naturais.

Mas está tudo descrito no rótulo, não é mesmo?

Os produtores de vinho não têm obrigação de divulgar seus ingredientes e processos. Além dos pesticidas, fungicidas e fertilizantes no vinhedo, as vinícolas têm uma variedade de aditivos biológicos e químicos à sua disposição para afetar o sabor, a cor e a estabilidade do produto acabado.

Vale ressaltar que tais componentes não são necessariamente prejudiciais nas quantidades permitidas, porém estão presentes em uma bebida frequentemente associada à saúde, sem obrigatoriedade de informar o consumidor.

A indústria de alimentos e bebidas utiliza aditivos em larga escala. São pesticidas, fungicidas, agrotóxicos diversos, acidificantes e corantes dos mais variados. Isso vale para os vinhos de qualquer faixa de preço. Porém não com os vinhos de vinificação natural.

Por fim, se prestamos atenção à uma melhor qualidade dos alimentos que consumimos, é coerente que pensemos também nas bebidas – mesmo as consumidas eventualmente.

Escolher uma bebida desenvolvida através do processo de vinificação natural traz mais segurança contra efeitos de ressaca e dores de cabeça, além de respeitar o tempo e as características reais do produto. Sempre apenas com uva e muito amor!